Homem-Formiga 3 insiste em fórmula ultrapassada, mas agrada público-alvo
O novo filme da Marvel dá continuidade aos eventos 'épicos' do MCU, mas se esconde atrás de uma fórmula cansativa
O tempo explica tudo, mas também não explica nada. Pelo menos esta é a filosofia que está sendo utilizada como parâmetro criativo central há anos pela Marvel Studios. Deu certo até a resolução do caso "Thanos", com as exageradas voltas no tempo e mudanças bruscas de realidade. Ficou repetitivo, mas funcionou bem em "Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa" justamente porque o filme gira em torno de um adolescente. Agora, em pleno "Homem-Formiga 3", ou "Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania", no título original, a fórmula responsável por transformar o Universo Cinematográfico Marvel (MCU) em uma máquina de fazer dinheiro não parece funcionar da mesma forma.
Não é surpresa, afinal já prevíamos o resultado antes mesmo da estreia oficial do longa-metragem assinado por Peyton Reed, que nada pôde fazer para contornar as diversas ramificações criadas pelo roteiro complexo da trama. A tal complexidade, no entanto, soa como uma tentativa frustrada de transformar uma premissa básica em algo extraordinário.
Não é à toa que "Homem-Formiga 3" aparece com apenas 48% de aprovação entre as mais de 200 análises da crítica especializada no Rotten Tomatoes. Do outro lado, entre os espectadores comuns, a aprovação sobe consideravelmente, chegando aos 84% de aprovação, o que também virou comum de uns tempos para cá quando o assunto é MCU.
A fórmula é ultrapassada? Sim. Os produtores se importam? Provavelmente não, afinal as bilheterias e a constante aprovação do público-alvo mostram que a Marvel Studios continuará utilizando o molde até não conseguir mais obter retorno positivo. Isso ainda vai demorar.