Queda de ritmo em The Last of Us é ideal para a reta final chocante da série

A série da HBO mantém as características originais da franquia, mas substitui a furtividade agressiva do gameplay por uma queda de ritmo proposital

Joel e Ellie formam um time de verdade no episódio 4. Foto: Reprodução/YouTube
Joel e Ellie formam um time de verdade no episódio 4. Foto: Reprodução/YouTube
Marcos Henderson
Por Marcos Henderson

Toda obra de arte está sujeita a análises, opiniões e percepções completamente distintas, principalmente quando estamos falando de uma adaptação live-action de uma das franquias de videogame mais populares da última década. The Last of Us saltou do PlayStation e caiu na HBO pelas mãos de seu criador, Neil Druckmann, ao lado de ninguém menos que Craig Mazin, responsável por alguns toques narrativos ideais para a reta final chocante da obra, incluindo a proposital queda de ritmo antes do episódio 5, antecipado para sexta-feira (10) devido ao Super Bowl.

Deve ter sido unânime: todos os espectadores sentiram a mudança brusca no desenvolvimento das ações do episódio 4, focado inteiramente no tráfego de Joel (Pedro Pascal) e Ellie (Bella Ramsey) pelos caminhos solitários de um mundo destruído, neste caso os Estados Unidos, com as variadas menções de seus estados durante a primeira viagem de carro da adolescente que pode ser a chave para reverter a pandemia do fungo Cordyceps. 

A viagem dos protagonistas foi crucial para definir alguns sentimentos no futuro. Foto: Reprodução/YouTube
A viagem dos protagonistas foi crucial para definir alguns sentimentos no futuro. Foto: Reprodução/YouTube
A viagem dos protagonistas foi crucial para definir alguns sentimentos no futuro. Foto: Reprodução/YouTube

A viagem existe no jogo, com diálogos, cenários e carro semelhantes, mas a diferença gritante fica por conta da ausência de uma jogatina na série, enquanto os jogadores enfrentavam algumas horas de furtividade e alguns confrontos pesados com as maiores ameaças possíveis: outros humanos, que, diga-se de passagem, também exibem seus traços de compaixão.

Do outro lado, a dupla principal mostra que está disposta a formar um time para garantir vantagem nos eventuais confrontos que encontrarão durante a jornada. Assim como uma boa música, o "break" no episódio 4 antecede uma reta final cada vez mais assustadora, iniciada exatamente na última cena exibida na série da HBO, quando Henry (Lamar Johnson) e Sam (Keivonn Woodard) aparecem para perturbar o sono de Joel e Ellie no 33º andar de um prédio que parecia relativamente seguro. 

Sobre o autor

Marcos Henderson
Marcos HendersonPublicitário, músico e, aqui, escrevo sobre o que as diferentes culturas têm a nos dizer. Como artista, celebro a força da arte e conto histórias do entretenimento. Twitter: @marhoscenderson
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